Já pensou como são feitas as cédulas de dinheiro e documentos de identificação? Eles são processados através da calcografia, vamos entender um pouco mais sobre esta incrível modalidade de impressão?

O processo da calcografia em cédulas de dinheiro:

O processo surgiu no século XV, dentro dos grandes ateliês de ourivesaria e de armaduras, onde já foram localizadas obras técnicas datadas de 1500. A gravura em metal é uma técnica refinada que permite grande liberdade ao artista podendo ser realizada em diferentes técnicas.

a gravação em buril e/ou ponta seca sobre metal é o processo mais direto de gravação. O buril é um instrumento pontiagudo com diferentes pontas que corta a chapa de cobre abrindo linhas profundas e delgadas. A ponta seca é uma ponta metálica afiada que abre o metal, traçando uma linha fina e cujas rebarbas dão uma impressão aveludada. (em francês “gouge”).

O processo é rico em vantagens, desde a segurança, como o número de detalhamento que a impressão calcográfica permite.

Sua principais vantagens, são garantir resultados que tornem a falsificação dos documentos extremamente complicada, devido ao grande enriquecimento de detalhes que compõem o processo de impressão. Além da facilidade de identificação da vericidade do documento.

Seu resultado exige amplo conhecimento para o manuseio e a máquina possuí uso diário da maioria da população através do uso de cédulas de identidade civil e públicas, documentos, certificados e até mesmo ingressos de partidas de algumas modalidades de esporte. É também uma das mais sofisticadas máquinas para a gravura em metal, uma vez que a impressão é entalhada diretamente na chapa metálica por meio de incisões feitas com uma ferramenta de aço pontiaguda.

• Buril e ponta seca
  

Este processo é considerado o mais direto nas gravações. Os burils são instrumentos pontiagudos, que possuem diferentes formatos de pontas para o corte das chapas, criando linhas profundas e estreitas.
O processo é bem trabalhoso, exigindo a concentração nos mínimos detalhes na hora da gravação.

• Aguá forte:

Para a gravação utilizando a água-forte é necessário extrema cautela com a proteção da chapa de metal ou de cobre, utilizando algum verniz, seja ele de benzina, cera ou betume. E sobre o verniz, comece a desenhar livremente com a ponta de metal.
O processo pode levar algum tempo dependendo da complexidade da imagem que sera transpassada. Feito isso, é colocada a chapa em um banho ácido que ataca as linhas expostas. A profundidade do ataque, varia de acordo com a concentração utilizada do ácido e também do tempo de atuação que ficou exposta. Tirando-a do banho, limpa-se a chapa com solventes e com tinta negra e espessa que penetra nas linhas gravadas. Não devemos limpar o excesso de tinta da superfície, devemos manter somente as linhas.

• Água tinta

Utiliza-se a resina para a pulverização sobre a chapa, onde é aquecida até fundir e fixar. A tinta penetra nos pontos da resina da chapa, onde possibilita a criação de áreas de diferentes tonalidades conforme de resina aplicada.

• Fotogravura

  

Utilizando-se de um processo químico, mais especificamente o uso de cloreto férrico, transfere-se a fotografia para a chapa nos tons do original.

• Maneira negra ou mezzotinta

Utiliza-se um instrumento chamado Berceaux, que transforma a superfície em uma massa densa de minúsculos rebarbas. Com um raspador, o artista tem uma grande gama de graduações tonais.

Após a finalização do processo de gravação na placa, coloca-se a chapa na prensa e sobre ela um papel úmido. Com a força da prensa, toda a tinta passa reproduzindo uma imagem idêntica à da chapa, no papel.
Além de ferir a chapa com a ponta seca, a chapa também pode receber banhos de ácido, que acabam provocando corrosão na superfície, que criam outro tipo de concavidade e efeito visual.