A evolução dos documentos de identificação (RG)
Tendo contato constantemente com validações, alguns participantes de nossos treinamentos de Documentoscopia e analistas aqui da Acert, passaram a levantar diversas dúvidas sobre os diferentes modelos de documentos já expedidos durante todo o processo evolutivo dos RG (Registro Geral) .
Para isso precisamos entender quais foram os principais pontos para a criação dos documentos de identificação, vamos lá?
A chegada dos Documentos (RG) no Brasil:
Para abordarmos e entendermos conceitualmente quais foram as intenções para a criação dos documentos de identificação, voltaremos em 1907, quando o primeiro RG do Brasil foi desenvolvido por Edgard Costa, que na época era presidente do gabinete de identificação da Polícia do Distrito Federal, e teve o seu documento identificador com o número 1, sendo a primeira cédula de identificação idealizada no Brasil. No início, ao começar a ser emitido, o documento se chamava Registro Civil.
Os RGs além de conterem nome e filiação, traziam informações sobre endereço da pessoa, profissão, impressões digitais e detalhes físicos, como marcas particulares, cicatrizes e tatuagens.
Atualmente o RG possuí mais de um século de utilização, sendo uma das formas de identificação de cada pessoa. Também é usado o CPF (Cadastro de pessoa física), CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), além do passaporte e Carteira Nacional de Habilitação (de motorista).
No século 19, os documentos eram extremamente raros no país e quem fazia os registros de óbito, casamento e até mesmo nascimento (através do batizado), eram as Igrejas Católicas. Os cartórios foram criados somente em 1875, e em 1888 surgiram as certidões oficializadas por órgãos do Estado.
Os primeiros documentos de identificação do país acompanhavam o modelo antropométrico criado em Paris, que trazia o nome, peso e cor dos indivíduos. Em 1903, foi instituído o método de identificação por datiloscopia, onde começaram a utilizar como parâmetro as impressões digitais.
Os documentos de identificação (HOJE):
Os RGs, no caso, os documentos nacionais de identificação civil no Brasil, constam dados que variam de acordo com os órgãos emissores. Os documentos de identificação possuem nome, data de nascimento, filiação e foto, além de conter outras informações que identificam o seu titular e a data e local de emissão do documento.
A emissão dos documentos é responsabilidade dos governos das unidades federativas, entretanto os documentos de identificação (RG) possuem validade em todo território nacional.
Devemos lembrar que não é restrita a solicitação de outra cédula em outra unidade federativa, podendo ter documentos em diferentes estados, com numerações diferentes, todos com validade dentro do país. Ou seja, cada cidadão brasileiro tem o direito de ter 27 RGs diferentes.
O grande problema, é que no Brasil e no restante de todo o mundo, os sistemas de identificação evoluíram com o passar do tempo, gerando novos métodos de armazenamento, passando a informatizar grande parte dos processos gerências dos documentos e o uso de banco de dados em rede para uma capacidade aumentada. Em função disso surgem pressões para a melhoria deste serviço, ao mesmo tempo que problemas antes aceitos como insolúveis, passaram a ter solução simples.
A evolução dos documentos de identificação (RG):
Sabendo um pouco sobre a história dos documentos, podemos abordar o processo de evolução dos mesmos, mostrando como foi o processo de adaptação dos documentos de identificação em cada período.
1-) Documento Datilografado:
Passaram a ser emitidos pós período de 1941, onde as máquinas passam a penetrar no mercado brasileiro, visando a extinção de todo processo manual que era utilizado para a emissão dos documentos de identificação naquela época. Esse processo mesmo utilizando uma máquina, ainda necessitava de pessoas para a colagem da foto e diagramação das informações do documento no papel. Lembrando que neste período, os documentos não possuíam uma formatação e padronização.
2-) Documento Informatizado:
Com o avanço tecnológico, os documentos datilografados passaram pouco a pouco serem substituídos por meios informatizados. O fato é que os computadores por não necessitarem de papel e com capacidade de armazenamento em bancos de dados, foram tornando a vida e organização dos órgãos emissores mais fácil.
Junto a isso, a necessidade de criar padrões em documentos de identificação visando uma padronização inteligente, entre os 27 estados, começou a ser constituída.
3-) Documento digitalizado:
Os documentos digitalizados passaram a ser 100% emitidos de forma digital, tendo em vista que até mesmo a fotografia do portador é inserida digitalmente. A atribuição de formatação igualitária entre todos os estados emissores e também os espelhos dos documentos que passaram a ser os mesmos, foram uma grande conquista. Atualmente são os modelos emitidos.
Fontes: Super Interessante / RankBrasil
Redação: Danilo Quintiliano
Na “Evolução dos documentos de identificação RG”
A imagem 2, do documento INFORMATIZADO, vocês colocaram erroneamente a imagem de um documento datilografado de 1989 em vez de um informatizado de 2003. Importante alterar para não confundir os usuários da ferramenta. Obrigada!
Boa tarde, Paloma!
Tudo bem?
Primeiramente gostaria de me apresentar, Me chamo André Aguiar e sou coordenador de operações e especialista da ACERT.
Antes de falarmos sobre o referido documento de identificação, parabéns pela analise atentando-se aos detalhas. Entretanto, o estado da Bahia iniciou sua informatização no ano de 1987. O documento postado aqui em nosso blog, foi emitido em 1989, estando dentro do período da informatização.
Agradeço mais uma vez pela iniciativa, parabenizo pela observação estruturada e qualquer dúvida estou à disposição.