Contas falsas eram utilizadas por doleiros da Lava-Jato
Com a criação de contas falsas, esquema descoberto pela Operação Lava-Jato conseguiu lavar mais de R$ 1 bilhão. Essas contas foram abertas como empresas de fachada nos bancos Itaú, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal. Foi utilizado um sistema desenvolvido pelos doleiros para controlar as transações ilegais, movimentando mais de U$ 1,6 bilhão em transações.
Eventualmente, as investigações da Operação Lava-Jato conseguiram identificar as ações dos envolvidos em esquema que envolvia o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a construtora Oderbrecht. Foram expedidos 53 mandados de prisão contra doleiros e operadores do mercado financeiro.
Para evitar que seu banco seja vítima desses criminosos, é essencial modernizar o processo de KYC (Know Your Customer). Esse procedimento é realizado para conhecer seus clientes e avaliar possíveis riscos de intenções ilegais.
Antes de mais nada, como funcionava o esquema das contas falsas?
Primeiramente era aberto contas bancárias de giro, onde recebiam cheques no Brasil originadas de varejistas de São Paulo. Em seguida, fornecedores do exterior eram pagos com cheques de baixo valor, isso porquê cheques de até R$ 10 mil não deixam rastros para fiscalização.
Logo após isso, os cheques eram depositados em contas bancárias de empresas fantasmas. O dinheiro era liquidado por meio de pagamento de boletos, sendo transportado para a organização criminosa e guardados em salas alugadas. O principal cliente do caso foi a Odebrecht.
Para fazer as transações, foi utilizado uma rede de colaboradores com dois sistemas bancários informatizados e próprios, sendo completamente a margem do sistema financeiro oficial. Essas redes se chamavam ‘BankDrop’ e ‘ST’.
Por fim, puderam ser identificados 39 doleiros no esquema. Chegaram a ser utilizadas 3000 offshore (empresas abertas por pessoas em um país diferente daquele em que se reside para aplicações financeiras e compra de imóveis) em 52 países diferentes.
Como se proteger de casos como a da Lava-Jato?
A qualquer momento bancos podem se tornar alvos de criminosos. Por isso, é fundamental ter soluções antifraudes para combater essas ações. Em primeiro lugar, ter um processo atualizado de KYC é essencial.
KYC é uma medida internacional obrigatória para bancos e instituições financeiras que foca em identificar o consumidor. Ele é a principal forma de combater a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Dessa forma, é coletado desde declarações de identidade, naturalidade, residência e etc., até seu histórico e condição atual na esfera judicial.
O ideal é automatizar esses processos o máximo possível, de forma que traga resultados rápidos e eficazes. Um bom processo de onboarding retêm mais clientes ao evitar procedimentos demorados e manuais. Isso deve-se ao fato dele possuir soluções biométrica, validação de dados, OCR de documentos e background check.
Em conclusão, ter um KYC moderno e atualizado traz o benefício não só da segurança de prevenir processos de fraude e lavagem de dinheiro, como também o de um melhor conhecimento do seu consumidor e suas situações financeiras.
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